Um estudo global, publicado recentemente, identificou 11 fatores de risco associados ao desenvolvimento da demência. A pesquisa sublinha a importância de intervenções precoces, destacando que fatores como hipertensão, tabagismo e diabetes estão entre os principais contribuintes para a doença, que afeta milhões de pessoas em todo o mundo.
A demência, uma síndrome caracterizada pela deterioração da memória, pensamento e comportamento, afeta cerca de 50 milhões de pessoas globalmente, um número que pode triplicar até 2050. O estudo em questão, conduzido por uma equipe internacional de investigadores, visa mapear os fatores de risco para ajudar na prevenção e gestão da condição. A necessidade de ações preventivas é impulsionada pelo impacto crescente da demência em sistemas de saúde já sobrecarregados e no bem-estar das famílias afetadas.
Especialistas e organizações de saúde pública têm expressado preocupação com o aumento dos casos de demência, que coloca uma pressão significativa sobre os sistemas de saúde e as economias. A Organização Mundial da Saúde (OMS) tem destacado a importância de campanhas de conscientização e programas de saúde pública focados na redução dos fatores de risco identificados, como a promoção de hábitos de vida saudáveis.
A Dra. Maria Carrillo, uma das autoras do estudo, comentou: “Este estudo reforça a necessidade de intervenções em saúde pública que possam mitigar os fatores de risco para a demência. Com a identificação desses 11 fatores, podemos orientar melhor as políticas de saúde para prevenir o surgimento da doença.”
Embora fatores de risco como a idade avançada e predisposição genética sejam bem conhecidos, o estudo recente amplia o foco para incluir condições como a hipertensão e o diabetes, que podem ser controladas ou prevenidas. Historicamente, a ênfase esteve na gestão dos sintomas da demência, mas este estudo sugere que a prevenção é tanto uma responsabilidade individual quanto coletiva.
A identificação destes fatores de risco representa um avanço significativo na luta contra a demência. A implementação de programas de prevenção e campanhas de conscientização pode ser o próximo passo crucial. A pesquisa também abre caminho para estudos futuros que investiguem intervenções específicas para cada fator de risco, visando a redução da incidência da doença a longo prazo.